Cada religião compreende e interpreta a morte de maneira diferente. Isso é extremamente saudável quando há respeito entre os fiéis e os próprios representantes religiosos, que conduzem grupos em missas, encontros, cultos.
O conhecimento é uma das armas mais eficazes contra a violência e o preconceito, aliado à educação, estrutura básica para qualquer sociedade que deseja se desenvolver e extinguir o preconceito. É importante lembrar que o Parque dos Ipês respeita todas, sem exceção
Para ajudá-los a entender um pouquinho mais sobre as principais religiões do mundo e a relação delas com a morte, montamos um post fresquinho. Vamos lá!
Catolicismo
Para o catolicismo, existe a crença de que, após a morte, a alma (eterna e única) será encaminhada para o céu ou para o inferno, de acordo com os atos cometidos em vida. Esses atos são julgados. Se obtiver o perdão, vai para o paraíso conviver em comunhão com outros humanos e Deus. Se for condenado, vai direto para o inferno. Também existe a possibilidade de ser purificado no purgatório, definido como uma experiência existencial da pessoa. Após o juízo final, as almas serão separadas para a eternidade.
Não existe a ideia de reencarnação, ou seja, ninguém morre e reencarna em outros corpos. Só é possível morrer apenas uma vez. No entanto, a fé é voltada para a imortalidade e ressurreição.
Igreja evangélica
Os evangélicos acreditam no julgamento final, no céu e no inferno e na eternidade da alma. Todas essas crenças são iguais ao catolicismo. Porém, na igreja evangélica o morto faz uma viagem após a morte e a ressurreição só ocorrerá quando Jesus retornar à Terra, cuja denominação religiosa é “Ressurreição dos Justos”. Isso para as almas salvas. Os condenados terão uma segunda chance de ressurreição no julgamento final.
Budismo
No Budismo, a fé voltada para o renascimento e reencarnação. O espírito retorna em outros corpos, humanos ou animais. A definição é de acordo com a conduta de cada pessoa, subindo ou descendo na escala dos seres vivos. Isso quer dizer que você pode ser um humano nesta vida, morrer e reencarnar um sapo, por exemplo.
O ciclo de morte e renascimento (Roda de Samsara) é mantido até que o espírito se liberte do carma, ações que deixam marcas e estabelecem uma lei de causas e efeitos. De acordo com o carma, a pessoa pode renascer em seis mundos diferentes: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros, espíritos insaciáveis e reinos infernais. Independente do mundo, as pessoas estão sujeitas a transformações.
Hinduísmo
Para o Hinduísmo, as pessoas reencarnam após a morte. A alma conecta este mundo por meio de pensamentos, atitudes e palavras. A Lei do Carma e a Roda de Samsara também são pertinentes à fé hinduísta.
Islamismo (religião muçulmana)
O islamismo é regido pelo Alcorão, livro sagrado. Os muçulmanos acreditam em Alá, Deus islâmico, criador do mundo que trará à vida todos os mortos no último dia. Ao morrer, a alma fica aguardando pelo juízo final/ressurreição para ser devidamente julgado pelo criador. Após o julgamento das pessoas, a nova vida tem início, cuja finalidade é ser uma preparação para outra existência, seja no céu ou no inferno.
Judaísmo
No Judaísmo, não há uma concepção claro do que seria a vida após a morte, nem mesmo uma certeza religiosa que isso, de fato, exista. A religião judaica permite múltiplas interpretações, como a crença na reencarnação ou ressurreição dos mortos.
O judaísmo crê na sobrevivência da alma. A confissão in extremis é considerada importante elemento na transição para o outro mundo.
Espiritismo
Os espíritas defendem a continuação da vida após a morte em um novo plano espiritual ou pela reencarnação em outro corpo. A morte é vista como a passagem da alma do mundo físico para sua verdadeira vida no mundo espiritual.
A evolução da alma depende da conduta de cada pessoa. Quem pratica o bem, evolui rapidamente. Quem pratica o mal, tem a chance de progredir e melhorar durante as encarnações. Inclusive, a ideia do bem e do mal é interpretada de maneira diferente no Espiritismo. Nessa religião, Deus não é definido como o criador de pessoas boas ou ruins, mas sim de espíritos simples e ignorantes, sem associação de lados benéficos ou maléficos. Ou seja, a construção do céu e do inferno é feita exclusivamente pelo homem.
Gostou do post com a visão das principais religiões do mundo em relação à morte? Deixe seus comentários, dizendo qual é sua fé e como essa crença entrou em sua vida.