Muitas pessoas não sabem, mas, para ser doador de órgãos e tecidos, não é necessário deixar nada por escrito. Basta avisar a sua família, dizendo: “Quero ser doador de órgãos”. Esse gesto pode parecer simples, porém, chega a salvar até 8 vidas! Abaixo, você verá algumas das dúvidas mais frequentes a respeito deste assunto e como pode ajudar!
Como posso ser doador?
No Brasil, para ser doador de órgãos e tecidos, não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta avisar sua família do desejo da doação. A doação de órgãos e tecidos só acontece após autorização familiar documentada. Quando a pessoa não avisa, a família fica em dúvida.
Que tipos de doador existem?
Doador vivo – Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação de rim ou medula óssea e, ocasionalmente, com o transplante de parte do fígado ou do pulmão para um de seus famíliares. Para doadores não parentes, há a necessidade de autorização judicial.
Doador falecido – São pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com morte encefálica, em geral, depois do traumatismo craniano (TCE) ou derrame cerebral (AVC). A retirada dos órgãos e tecidos é realizada no centro cirúrgico do hospital e segue toda a rotina das grandes cirurgias. A retirada de córnea pode ser realizada até 6 horas após a parada cardíaca.
Quais órgãos podem ser doados por um doador falecido?
Rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos, como córneas, peles e ossos, sempre após a autorização dos familiares.
Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
O diagnóstico de morte encefálica faz parte da legislação nacional e do Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente e fazem o diagnóstico clínico de morte encefálica. Um exame gráfico, como ultrassom com Doppler ou arteriografia e eletroencefalograma (EEG), é realizado para comprovar que o encéfalo já não funciona.
Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.
Para quem vão os órgãos e tecidos?
Os órgãos são transplantados para os primeiros pacientes compatíveis que estão aguardando em lista única da central de transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado. Esse processo, além de justo, é controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes e supervisionado pelo Ministério Público.
O corpo pode ser velado normalmente após a doação de órgãos?
A retirada dos órgãos e tecidos segue todas as normas da cirurgia moderna. Todo doador pode ser velado de caixão aberto, normalmente, sem apresentar as deformidades.
Quem não pode ser um doador?
Não existe restrição absoluta à doação de órgãos, mas a doação pressupõe alguns critérios mínimos, como causa da morte, doenças infecciosas ativas, dentre outros. Também não poderão ser doadoras as pessoas que não possuem documentação, ou menores de 21 anos sem a autorização dos responsáveis.
Quero ser doador! A minha religião permite?
Todas as religiões deixam a critério dos seus seguidores a decisão de serem ou não doadores. Têm em comum os princípios da solidariedade e do amor ao próximo, que caracterizam o ato de doar.
Podemos escolher o receptor?
Na doação em vida, sim, desde que atendida à legislação vigente. Para a doação após a morte, nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre o próximo da lista única de espera de cada órgão ou tecido, dentro da área de abrangência da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO) do seu local.
Existe limite de idade para ser doador?
O que determina se o órgão é viável para transplante é o estado de saúde do doador; no entanto, alguns profissionais podem restringir alguns limites de idade em situações específicas.
Qual é o custo da doação para os familiares do doador?
Nenhum. A família do doador não paga nada e tampouco recebe qualquer pagamento pela doação. A doação é um ato humanitário, que pode beneficiar qualquer pessoa, sem distinção de sexo, credo, raça, etc.
Esclareceu todas as suas dúvidas a respeito da doação de órgãos? Então, comunique hoje mesmo à sua família e aos seus amigos a sua decisão e pergunte qual é a vontade deles! Salve vidas! E não se esqueça de espalhar essas informações para salvar ainda mais!
Fonte: Portal Saúde